Começo a viajar desde o momento em que a possibilidade o vir a fazer se torna uma ideia. A partir daí, a minha cabeça deixa de estar aqui e passa a estar dividida entre o aqui e o lá. E os meus olhos confirmam que "a visão tem esse estranho poder de olhar para um lugar e ver outro, ver algo completamente diferente, os olhos não olham sempre para o presente" (Afonso Cruz). Afinal, começamos pela viagem mental para chegarmos à física.
Neste momento, estou numa viagem mental. É o tempo de povoar a mente de coisas que vão ajudar os olhos a ver melhor. E, como os olhos vão repetir sítios, espero que se lembrem que, como afirmou Heidegger: "Aquilo que se repete, pensa-se duas vezes".