O melhor da Cerveira medieval.
Imagens de uma pausa muito saborosa : )
O vale era verde (1941)

La Meglio Gioventu
É tão bom encontrar filmes como este. São seis horas de bom cinema que passam sem se notar. A vida de uma família, centrada na de dois irmãos, Nicola e Matteo, que apresenta como pano de fundo a história de Itália, desde 1966 a 2003. Uma viagem pela Itália, pela sua história e por tantas histórias mais que se ligam de uma forma fantástica.
(Durante uma viagem à Noruega, durante a sua juventude, Nicola envia um postal a um amigo dizendo "Tudo é belo! ". Muitos anos mais tarde, o amigo pergunta-lhe se continua a acreditar em tal afirmação. Nicola respondeu-lhe que já não acredita é em pontos de exclamação. Eu também nunca acreditei neste sinal, sempre acreditei muito mais nas reticências. E nesta afirmação em particular, há que colocar reticências, muitas reticências.)
(Tenho que aprender italiano, é uma língua linda.)
(E hei-de ir a Itália : )
Oldboy
15 anos preso e 5 dias para descobrir quem o fez e porquê . Um dos melhores thrillers psicológicos que já vi. Do realizador coreano Chan-wook Park, baseia-se numa manga japonesa de Garon Tsuchiya.
Sempre este poema, em qualquer lugar e tempo
Não é que ser possível ser feliz acabe,
quando se aprende a sê-lo com bem pouco.
Ou que não mais saibamos repetir o gesto
que mais prazer nos dá, ou que daria
a outrem um prazer irresistível. Não:
o tempo nos afina e nos apura:
faríamos o gesto com infinda ciência.
Não é que passem as pessoas, quando
o nosso pouco é feito da passagem delas.
Nem é tanto que ao jovem seja dado
o que a mais velhos se recusa. Não.
É que os lugares acabam. Ou ainda antes
de serem destruídos, as pessoas somem
e não mais voltam onde parecia
que elas ou outras voltariam sempre
por toda a eternidade. Mas não voltam,
desviadas por razões ou por razão nenhuma.
É que as maneiras, modos, circunstâncias
mudam. Desertas ficam praias que brilhavam
não de água ou sol mas solta juventude.
As ruas rasgam casas onde leitos
já frios e lavados não rangiam mais.
E portas encostadas só se abrem sobre
a treva que nenhuma sombra aquece.
O modo como tínhamos ou víamos,
em que com tempo o gesto sempre o mesmo
faríamos com ciência refinada e sábia
(o mesmo gesto que seria útil,
se o modo e a circunstância permitissem),
tornou-se sem sentido e sem lugar.
Aonde e como? Aonde e como? Quando?
Em que praias, que ruas, casas e quais leitos,
a que horas do dia ou da noite não sei.
Apenas sei que as circunstâncias mudam
e que os lugares acabam. E que a gente
não volta ou não repete, e sem razão, o que
só por acaso era a razão dos outros.
Se do que vi ou tive uma saudade sinto,
feita de raiva e do vazio gélido,
não é saudade, não. Mas muito apenas
o horror de não saber como se sabe agora
o mesmo que aprendi. E a solidão
de tudo ser igual doutra maneira.
E o medo de que a vida seja isto:
um hábito quebrado que se não reata,
senão noutros lugares que não conheço.
Jorge de Sena
Pela terceira vez, com o mesmo prazer de sempre e, desta vez, a projectar um mapa
Em destaque
O blog continua em outro endereço
https://primicias.wordpress.com/
-
Existem coisas que não têm uma explicação clara. O meu encanto por Florença é assim. Nunca lá fui e o que sei dela não passam de ideias vaga...
-
"No nosso país", disse Alice..."consegue chegar-se a qualquer lado se se correr muito depressa..." "Isso é um país...